Somente quando
não temos mais
força para levantar.
Ou quando as línguas
esfoladas, desconexas, epiléticas,
titubeiam em falar.
Quando a última gota
de resistência
é tomada pelo olhar do algoz.
Somente aí é que agarramos a idéia
que é bom estar vivo.
E lutamos com o resto de sopro, com o último estupor,
com o espamódico gesto, dizendo:
– Quero viver, me deixe dormir.