Mês: setembro 2006
The Sundays – Folk Song
Summer sky and a throat bone dry
And the fields are all gold
Dusty lane with a song in my brain
And it stoned me to my soul
I climb high move towards the fire
blaze sun
Silver trees and whispering breeze
Are my sight and my sound
The thought of heaven couldn’t drag me from the path
When I’m wandering here alone
I climb higher move towards the fire
So blaze sun
Watch until it dies slow falling from the sky
Pale fading sun
Corrente básica
Então.
A Dama ali me mandou essa carga pesada. Ninguém merece isso. Pô! Corrente nessa altura do campeonato. Logo eu que sou um tipinho discreto e tímido. Não perturbo. Tomo banho todo dia e uso perfume de madeira… ai ai ai. Precisava de uma praga dessas justo hoje?
- Sol em Áries, Ascendente em Aquário, Lua em Libra. O resto só com compromisso de intereação ludo-sexual.
- Meu nome é Zander, porra! Alessander Bruno é o caralho!
- Tenho o incrível dom de destruir piadas. E de fazer rir com histórias sérias.
- Sou o Woody Allen que não deu certo. Ou o contrário disso.
- Acordo conferindo emails e durmo programando downloads.
- Acho que não sou um bom pai. Não tanto quanto ela merece.
Agora, como faz parte da praga, repasso pras amigas. (foi mal aê!)
Tó Ana, Carol, Paula, Julia, Mariana e Livia.
Beijos nas faces.
Tryo – Serre Moi
Embrasse moi dessus bord
Viens mon ange, retracer le ciel
J’irai crucifier ton corps,
Pourrais-je depunaiser tes ailes ?
Embrasser, te mordre en même temps
Enfoncer mes ongles dans ton dos brulant
Te supplier de me revenir et tout faire
ô tout pour te voir partir et viens!
Emmene moi là bas
Donne moi la main
Que je ne la prenne pas
Ecorche mes ailes
Envole moi
Et laisse toi tranquille a la fois
Mille fois entrelassons nous
Et lassons nous meme en dessous
Serre moi encore serre moi
Jusqu’a etouffer de toi
Il y a des salauds
Qui pillent le coeur des femmes
Et des femmes qui n’savent plus trop
D’ou l’amour tire son charme
Papillons de fleurs en fleurs
D’amour en amour de coeur
Ce qui n’ont qu’une etoile
Ou ceux qui brulent leur voiles
J’aime tes larmes quand tu aime
Ta sueur le sang, rendons nous amants
Qui se passionne, qui se saigne
J’aime quand mon ecorché est vivant
Je ne donne pas long feu
A nos tragédies, à nos adieux
Reviens moi, reviens moi
Tu partira mieux comme ça
A force de se tordre,
On en finirai par se mordre
A quoi bon se reconstruire,
Quand on est adepte du pire
Malgré nous, Malgré nous,
A quoi bon se sentir plus grand
Que nos, deux grains de folie dans le vent
deux ames brulantes deux enfants
Il y a des salauds
Qui pillent le coeur des femmes
Et des femmes qui n’savent plus trop
D’ou l’amour tire son charme
des Papillons de fleurs en fleurs
D’amour en amour de coeur
Ce qui n’ont qu’une etoile
Ou ceux qui brulent leur voiles
Embrasse moi dessus bord
Viens mon ange, retracer le ciel
J’irai crucifier ton corps,
Pourrais-je depunaiser tes ailes ?
Embrasser, te mordre en même temps
Enfoncer mes ongles dans ton dos brulant
Te supplier de me revenir et tout faire
Pour te voir partir et viens!
Emmene moi là bas
Donne moi la main
Que je ne la prenne pas
Ecorche mes ailes
Envole moi
Et laisse toi tranquille a la fois
Mille fois entrelassons nous
Elassons nous meme en dessous
Serre moi encore serre moi
Jusqu’a etouffer de toi {x2}
Serre moi encore serre moi
Let the sun shine in
publicado na Tribuna da Imprensa
– pós Hair, the original soundtrack
“É ali, antes de dobrar a esquina, o senhor dá uma paradinha logo após o sinal que a portaria é ali mesmo.” “O senhor não quer que eu manobro?” “Não, obrigado. É melhor o senhor continuar na Nossa Senhora mesmo. A volta é grande.” Na verdade ele queria sair logo dali e se refugiar em casa. Não se continha nem dentro das calças nem no sorriso que explodia em um sorriso bobo, de amarelar os dentes.
Pegou a carteira. Pagou. Ouviu mas são dez reais e cinqüenta. Disse pode ficar com o troco. Guardou a carteira. Arrumou-se para saltar. Saltou. Deu tchau e boa viagem e bom trabalho e boa segunda feira pro motorista. Atravessou os cinco metros e trinta e dois centímetros do meio-fio até a portaria. Entrou. Disse bom dia e que dia lindo vai ser hoje. Ouviu um muxoxo. Não importava. Correu como criança chegando da escola até o fim do corredor e abriu a porta de casa. Fechou-a atrás de si.
Resfolegava como uma chaleira apressada enquanto descia pela porta. Sentou-se no chão despreocupado com a luz apagada da sala. O sol iria iluminar tudo rapidamente. Aliás, ele contava com isso. Estava um pouco atrasado, sabia, mas daria tempo para tudo. Sempre dava.
Guardou as chaves na mesa, no mesmo local de sempre. As chaves, a carteira, o relógio de pulso, o celular que raramente tocava, a câmera digital ultrafina, o que restava das camisinhas. Chutou os sapatos num canto a esmo. Tinha isso como esporte pessoal: arremesso de calçados aleatórios. Por vezes até vibrava quando caiam com a sola para baixo (os dois, sempre, valiam 30 pontos) ou acertava uma lixeira. Ou quando caiam juntinhos de outros calçados. Uma vez pensou em fazer uma tabelinha de pontos pra isso. Desistiu no momento seguinte. Iria tirar a graça de inventar a pontuação.
Massageou primeiro o pé esquerdo, depois o direito. Cheirou-os. Cortou uma unha que encravava displicentemente. Espreguiçou-se e gargalhou rapidamente.
“Puta merda, que noite!” Abriu o laptop e colocou uma música para tocar.
“Ih! Hair! Não podia ser mais perfeito.” Tirou a camisa num solavanco. Cheirou-a. Lembrou-se do cheiro dela misturado ao seu perfume. Madeira. O dela era doce.
“Azzaro? Azzaro não é doce.” Faltavam cinco para as seis. No relógio que já não carregava no pulso.
Dobrou a camisa com carinho e colocou em cima da cadeira da sala. Casa pequena tem disso, cadeira vira cabide com uma facilidade instantânea. Cabide. Criado-mudo. Apoio para a foda. Existe móvel mais versátil que uma cadeira? Tirou as calças, dobrou-as e colocou em cima da camisa. A cueca foi arremessada junto com as meias (sempre as últimas peças a serem despidas). Nu, deixou-se largar no sofá e enrolou mais dois minutos. Dava tempo, sempre dava. Abriu a janela da sala.
O pátio interno era o seu cantinho. Ninguém a essa hora olhava para baixo. Na verdade, ninguém olhava para aquele canto desde que o síndico proibira que pendurassem roupas para secar na parte de dentro do prédio. Não fazia muito sentido, dizia. Não bate sol ali. Mas as donas de casa teimavam. E as roupas secavam direitinho. O macete era pendurar à noitinha e esperar o amanhecer. Não sabiam o porquê. Mas funcionava. Quem nem homeopatia.
Pulou a janela e, debruçado de volta para dentro do quarto, pegou o cigarro. Acendeu-o na mão e sorriu pro céu.
“Ana.” Disse baixinho.
E doze de setembro amanhecia.
Gnarls Barkley – Crazy Lyrics
Does that make me crazy
Does that make me crazy
Does that make me crazy
Probably
And I hope that you are having the time of your life
But think twice, that’s my only advice
Well, I think you’re crazy
I think you’re crazy
I think you’re crazy
Just like me
Maybe I’m crazy
Maybe you’re crazy
Maybe we’re crazy
Possibly
—
Oswaldo Montenegro – Ao Nosso Filho Morena
Se hoje tua mão não tem manga ou goiaba
Se a nossa pelada se foi com o dia
Te peço desculpas, me abraça meu filho
Perdoa essa melancolia
Se hoje você não estranha a crueza
dos lagos sem peixe da rua vazia
Te olho sem jeito, me abraça meu filho
Não sei se eu tentei tanto quanto eu podia
Se hoje teus olhos vislumbram com medo
Você já não vê e eu juro que havia
Te afago o cabelo, me abraça meu filho
Perdoa essa minha agonia
Se deixo você no absurdo planeta
Sem pique-bandeira e pelada vadia
Fujo do teu olho, me abraça meu filho
Não sei se eu tentei, mas você merecia
ouça aqui